Universalização deve gerar 1,5 milhão de empregos

10/10/2022
Com a universalização dos serviços, prevista em lei para até 2033, o saneamento, sozinho, será responsável por uma expansão de 2,7% no PIB até aquele ano.

Um estudo inédito da Abcon/Sindicon (associação das operadoras privadas de saneamento) mostra que o setor poderá contribuir com o aumento de R$ 1,4 trilhão no PIB brasileiro em 12 anos, com a geração de 1,5 milhão de postos de trabalho, a partir de um investimento de R$ 893,3 bilhões. Com a universalização dos serviços, prevista em lei para até 2033, o saneamento, sozinho, será responsável por uma expansão de 2,7% no PIB até aquele ano. 

O ganho nas receitas federais com a universalização do saneamento será de quase R$ 952 bilhões, um importante acréscimo que irá repercutir em todas as esferas públicas. Apenas na construção civil, os empregos tendem a crescer 5,1% até 2033, enquanto no setor de saneamento o índice deve alcançar 39,1%. Ao final do período, o nível de emprego total no Brasil será 0,9% maior com a universalização alcançada. 

O levantamento da Abcon/Sindcon revela também que serão necessários R$ 893,3 bilhões para o Brasil atingir 99% da população com água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto, até 2033. A projeção é que pelo menos R$ 308,1 bilhões do total precisem ser investidos nos próximos quatro anos, ou seja, no próximo mandato presidencial, a fim de não comprometer a meta. 

Com isso, em 2026, a expectativa é que 91% da população tenha água tratada e 71% conte com esgotamento sanitário. Atualmente, o Brasil possui 35 milhões de pessoas sem água de qualidade e quase 100 milhões vivendo sem sistema de coleta de esgoto. 

O estudo demonstra que os benefícios da universalização na economia como um todo serão enormes (sem mencionar os ganhos com a saúde e o meio ambiente). Na decomposição dos investimentos, a construção civil teria uma demanda de R$ 606,6 bilhões em 12 anos; indústria de tubulações (R$ 178,2 bilhões), máquinas e equipamentos mecânicos (R$ 74,6 bilhões), elétrica e A&C (R$ 7,4 bilhões) e outros setores (R$ 26,5 bilhões) completam a lista.