Sabesp vai ampliar atendimento na Grande São Paulo

13/02/2025
As estruturas, construídas nos últimos seis meses - desde a desestatização da Companhia -, vão beneficiar imediatamente bairros das zonas oeste e sul da capital e outras cidades.

A Sabesp coloca em operação ainda em fevereiro três novas estações de tratamento, um reservatório e uma nova central de bombeamento para levar mais água para os moradores da capital e da Grande São Paulo. As estruturas, construídas nos últimos seis meses - desde a desestatização da Companhia -, vão beneficiar imediatamente bairros das zonas oeste e sul da capital e cidades como Taboão da Serra, Embu das Artes, Embu-Guaçu e Itapecerica da Serra. Indiretamente, vão melhorar a entrega de água para toda a Região Metropolitana de São Paulo.

A ampliação da oferta de água irá atender os municípios de Itapecerica da Serra e Embu-Guaçu, através da implantação de três módulos de tratamento de água com o uso da tecnologia de ponta de membranas de ultrafiltração, com capacidade de produzir 50 litros de água por segundo cada, um total de 150 L/s. O investimento é de R$ 36 milhões e o primeiro módulo entra em operação no próximo dia 20, o segundo, no dia 28 de fevereiro, e o terceiro, em 30 de março. A vazão somada vai atender os moradores das duas cidades e, com isso, gerar um excedente de água no Sistema Guarapiranga. Essa vazão será redirecionada a bairros vizinhos e à cidade de Embu das Artes.

Já em 15 de março, a Sabesp colocará em operação o booster USP, próximo ao campus Butantã da universidade. A central de bombeamento vai levar mais 650 litros de água por segundo vindos do Sistema Cantareira para abastecer bairros como Rio Pequeno e Butantã. Isso permitirá que a reserva seja redirecionada para a zona sul da capital. Juntas, as ETAs e o booster aumentam a oferta de água para a população em 800 L/s, o equivalente ao consumo de uma cidade de 1 milhão de habitantes - como Osasco. Outra frente de atuação da nova Sabesp é a inauguração do novo reservatório do Jardim Europa, próximo à represa Guarapiranga, que terá capacidade para armazenar 10 milhões de litros de água potável. O reservatório funcionará como uma caixa-d’água do bairro e o estoque de água a mais vai atender a diversos bairros da região, como Jardim São Luiz, Jardim Ângela e Jardim São Francisco. Além de abastecer os bairros, o projeto vai reduzir o consumo de água dos reservatórios já existentes na região. Ou seja: estas áreas também terão na prática mais água estocada para atender à população. O novo reservatório será colocado em operação no final de março.
As três entregas fazem parte de um investimento que a nova Sabesp está executando para ampliar o abastecimento de água na capital e Grande São Paulo. Essas obras incluem ainda novas tubulações e mais reservatórios e centrais de bombeamento. No médio prazo, há duas obras estruturantes que vão adicionar 2.800 L/s à produção de água da região - o equivalente ao consumo de uma cidade de três milhões de habitantes, como Brasília. Uma delas é o aumento da produção do Sistema São Lourenço, de 4.700 litros por segundo para 6.000 L/s; Essa água nova vai atender a região oeste da capital e cidades como Osasco, Carapicuíba e Barueri (no caso do São Lourenço). A outra é a ampliação da ETA Rio Grande de 5.000 para 6.500 L/s, beneficiando diretamente os municípios do ABC e a zona sul da capital (no caso do Rio Grande). Dessa forma, a Sabesp expande todo o sistema de abastecimento da região, atendendo tanto a demanda atual quanto a expectativa de crescimento populacional e os efeitos das mudanças climáticas sobre o consumo de água.

As ampliações no sistema de abastecimento se somam ao aumento da produção de água para a população. Neste mês de fevereiro, a Sabesp bateu o recorde histórico de tratamento de água, chegando a uma média de 71.620 litros a cada segundo. Para ter uma ideia do salto, em 2022, a produção média foi de 61.610 L/s - ou seja, 10 mil litros por segundo a menos. No ano passado, a média foi de 67.210 L/s (4.000 litros a cada segundo a mais). O recorde ocorre porque as estações de tratamento da Companhia têm capacidade operacional para atender ao pico de demanda em dias de alta temperatura, quando o consumo sobe muito. Nos últimos dias, as ETAs chegaram a gerar 80 mil litros de água por segundo em alguns horários, o que faz com que a média mensal aumente. Mas o consumo também tem se mantido elevado, chegando a 79 mil litros por segundo.