O Governo de São Paulo ampliou as ações da operação Corta-Fogo até outubro, para combater os incêndios florestais em todo o estado. Apenas em 2021, São Paulo registrou 12 focos de queimadas, e a preocupação aumenta com o início do inverno, estação mais seca do ano e que favorece o fogo em vegetação.
Durante o período de estiagem, os incêndios são mais frequentes e atingem a fauna e flora, degradam solos e causam prejuízos econômicos, além de oferecer riscos de acidentes e problemas de saúde à população. A Operação Corta-Fogo já realizou treinamento com 350 integrantes das regiões de maior risco no estado. O preparo para treinamento de equipes que atuam nas emergências envolveu a participação de guardas municipais, bombeiros civis e moradores de entorno de Unidades de Conservação Florestal, dentre outros.
Além disso, O governo adquiriu equipamentos de segurança e locação de máquinas e veículos que auxiliem os trabalhos de combate às queimadas na vegetação paulista. O investimento do governo é de R$ 7 milhões. Só em 2020 foram registrados 269 focos com a queima de mais de 21 mil hectares de mata. Entre as causas identificadas, por exemplo, estão a queima de lixo, vandalismo, queda de balão e limpeza para área de cultivo, entre outros.
O estado de São Paulo instituiu o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais em 2020, com o objetivo de reduzir os focos de incêndio e estimular o desenvolvimento de alternativas ao uso do fogo para o manejo agrícola, pastoril e florestal. A Operação Corta-Fogo é composta por diversos órgãos e desenvolve uma série de atividades de forma permanente conforme a necessidade de cada região. O cronograma anual engloba as fases verde, amarela e vermelha:
A fase verde acontece entre novembro e março e é dividida em duas etapas. Na primeira, de janeiro a março, é dedicada a atividades de planejamento e início das medidas de prevenção e preparação. No final do ano, é realizada uma avaliação da temporada de incêndios e são iniciados os preparativos para o ano seguinte. A fase amarela, realizada nos meses de abril e maio, é dedicada às ações preventivas e de preparação para enfrentar os incêndios florestais. Nessa fase, as atividades de treinamento, capacitação, elaboração e revisão de planos preventivos e de contingência ganham prioridade. Por fim, a fase vermelha, entre junho e outubro, visa o combate ao fogo e fiscalização repressiva. São priorizadas as estratégias de comunicação e campanhas preventivas ganham reforço.