Coprocessamento ajuda a reduzir emissões de CO2
A Votorantim Cimentos reduziu, entre 1990 e 2022, em 24% as emissões de CO2 por tonelada de cimento produzido no mundo. No último ano, a companhia teve resultado global de 579 kg de CO2 por tonelada de cimento produzido, o que representa uma redução de 3% comparada com 2021. Uma das medidas que ajudaram a companhia a diminuir suas emissões de CO2 foi à adoção da tecnologia de coprocessamento, que substitui o combustível fóssel por outros materiais, como resíduos e biomassas, nos fornos de produção de cimento.
No Brasil, a Votorantim Cimentos utilizou 31,3% de combustível alternativo, em 2022, em suas fábricas, além de realizar investimento de R$ 27 milhões na modernização das unidades brasileiras para viabilizar o coprocessamento. Em 2022, a empresa utilizou 1,3 milhão de toneladas de resíduos e biomassas nas operações brasileiras, um aumento de 20% em relação a 2021, quando foram coprocessados 1,1 milhão toneladas. “O coprocessamento cria uma cadeia de vantagens ambientais, sociais e econômicas. É uma tecnologia que destina os resíduos de forma sustentável, dentro do conceito de economia circular, e diminui a emissão de gases que causam o efeito estufa. Pneus no fim da vida útil, resíduos urbanos, como os materiais não recicláveis que vão para aterros, biomassas como caroço do açaí e resíduos industriais, são alguns dos exemplos dos resíduos que utilizamos”, explica Fabio Cirilo, gerente de Sustentabilidade e Energia da Votorantim Cimentos.
A Votorantim Cimentos usa combustíveis alternativos desde 1991, quando empregou o pneu como resíduo. A partir de então, a companhia investiga novos materiais que possam substituir o coque de petróleo como combustível nos fornos de fabricação do cimento, chamado de coprocessamento. Em 2019 a empresa criou a Verdera, unidade de gestão e destinação sustentável de resíduos que atua na cadeia de soluções ambientais auxiliando as indústrias, comércio e agronegócio a dar um novo valor para seus resíduos. No Brasil, 15 fábricas da Votorantim Cimentos fazem coprocessamento ou possuem licença para operar com combustíveis alternativos, dando um novo valor para essas matérias primas e contribuindo para a jornada de descarbonização da empresa.
A VC tem como meta de descarbonização atingir de 475 kg de CO2 por tonelada de cimento até 2030, o que significa reduzir em 24,8% as emissões comparadas ao ano-base de 2018. A estratégia da companhia está pautada em quatro grandes pilares: o coprocessamento, que é a substituição do combustível fóssil nos fornos de produção do cimento por outros materiais, especialmente biomassas e resíduos; o uso de cimentícios, que é a substituição do clínquer - o principal responsável pela emissão de CO2 no processo produtivo de cimento – por subprodutos vindos de outras indústrias; a eficiência energética e uso de fontes renováveis de energia, com hidrelétricas próprias e investimentos em energia solar e eólica; e o desenvolvimento de tecnologias, uso de processos inovadores, novos materiais, captura, uso e armazenamento de carbono, desmaterialização da cadeia de valor, parcerias com diversas entidades e academia para, cada vez mais, otimizar os recursos e reduzir a intensidade do carbono.