Indústria do cimento atinge marca histórica em coprocessamento
Segundo revela o ‘Panorama do Coprocessamento 2023 (ano base 2022)’, o coprocessamento, atividade responsável pela transição energética na indústria do cimento, atingiu a marca de 3.035 milhões de toneladas de resíduos processados – a melhor desde o início das medições. Do total, 2.856 milhões de toneladas foram de combustíveis alternativos e biomassas e 179 mil toneladas de matérias-primas alternativas. Ao todo foram cerca 2,9 milhões de toneladas de CO2 evitados no período. O estudo será apresentado pela Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP durante o 8º Congresso Brasileiro do Cimento (CBCi), que acontece de 6 a 8 de novembro, no Hotel Renaissance São Paulo.
O coprocessamento já alcançou 30% de participação na matriz energética, antecipando a meta prevista para 2026. A indústria já atingiu 25.813 milhões de toneladas de resíduos coprocessados nos fornos de cimento de 1999 a 2022, ou seja, resíduos que deixam de ser destinados em aterros e que são transformados em energia ou que substituem matérias-primas utilizadas pela indústria do cimento, preservando os recursos naturais em linha com a circularidade. Com o coprocessamento, o setor de cimento mantém seu compromisso e segue atuando na redução das emissões de CO2, com o uso de diversos tipos de resíduos em substituição ao coque de petróleo, combustível mais utilizado no processo de fabricação de cimento. Alguns exemplos de resíduos coprocessados pela indústria do cimento são: pneus usados; resíduos da agroindústria (como palha de arroz, casca de babaçu e caroço de açaí), e mais recentemente os resíduos sólidos urbanos – lixo doméstico, na sua fração não reciclável. Só em pneus inservíveis foram coprocessados 340 mil toneladas em 2022, o que corresponde a cerca de 68 milhões de pneus.