São Paulo avança em energia solar e já tem 97% de matriz limpa

16/01/2025
O levantamento apontou que, em 2023, as fontes renováveis estão cada vez mais consolidadas na matriz energética paulista, em termos de oferta de energia interna bruta.

O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), divulgou hoje, dia 16 de janeiro, o Balanço Energético do Estado de São Paulo (BEESP) 2024 (ano base 2023). O levantamento apontou que, em 2023, as fontes renováveis estão cada vez mais consolidadas na matriz energética paulista, em termos de oferta de energia interna bruta. Essa oferta considera tudo que é produzido, importado e exportado, e somou 47 milhões de toneladas de óleo equivalente (toe), respondendo por 60% de participação. Os destaques focaram para os produtos da cana-de-açúcar (37%), hidráulica e eletricidade (15%) e outras renováveis (8%), entre as quais está a energia solar. Para fins de comparação, o Brasil tem 49% de participação de renováveis.

No que diz respeito à matriz elétrica, a geração de energia solar fotovoltaica dobrou quando comparamos ao ano de 2022, passando de 4,5 TWh para 9,0 TWh. O balanço destaca que a participação da energia solar fotovoltaica ampliou de 6% para 9%. “O aumento na geração de energia solar fotovoltaica é resultado da crescente busca por soluções sustentáveis, combinada à redução de gastos com energia elétrica por parte de empresas e residências, e à redução de custos dos sistemas fotovoltaicos e incentivos fiscais”, comentou a subsecretária de Energia e Mineração, Marisa Barros. O documento foi elaborado pela Semil, por meio da subsecretaria de Energia e Mineração, e tem o objetivo de apurar e divulgar dados sobre a produção, transformação e consumo energético no estado de São Paulo, e servir como uma ferramenta de informações para a análise da estrutura e evolução da matriz energética paulista e servindo de base para o planejamento, execução e monitoramento de políticas públicas para o setor de energia.

O estudo mostrou que a hidrologia estadual existente no estado foi favorável para a ampliação, em 25%, da geração de energia hidráulica, que saiu de 43,0 TWh para 58,6 TWh. Na questão hídrica, rios e reservatórios representaram 61% da matriz elétrica, maior que os 59% de 2022, enquanto a biomassa, que atualmente representa 27% na matriz elétrica, indicou uma ampliação de 14%, de 23,1 TWh (2022) para 26,8 TWh (2023). O resultado é impulsionado pelo aumento da safra 2023/2024, que cresceu 19% em relação à safra 2022/2023, totalizando 654 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Em São Paulo, o aumento na moagem chegou a 23%, totalizando 388 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas para produção de açúcar e também de energéticos como etanol, eletricidade e biometano. Atualmente, São Paulo tem uma matriz elétrica predominante limpa, sendo 97% renováveis contra 3% não renováveis, e o estado é um ambiente de negócios favorável à realização de investimentos por empresas com estratégias de descarbonização, que buscam comercializar produtos e serviços com menor impacto ambiental.